sábado, 30 de dezembro de 2017

Análise - Cavaleiros do Zodíaco - Saintia Sho - Volumes 1 e 2


    Alguns meses atrás a editora JBC começou a publicar no Brasil o mangá  Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) – Saintia Sho e como fã apaixonado dessa nova série, decidi colecionar as edições brasileiras. Eu já estava acompanhando a série através de scans na internet, mas como prefiro mídia física, decidi parar e só acompanhar através da publicação nacional. A cada volume passarei a comentar e fazer algumas análises não muito aprofundadas. Já aviso que terão muitas informações da história consideradas como spoilers pra quem ainda não começou a ler o mangá e que for ler essas análises. Também não vou comentar sobre preços e qualidade de papel, pois o que interessa aqui é a história.

    Saintia Sho é escrito e desenhado pela mangaká Chimaki Kuori, a qual eu considero a melhor desenhista da franquia até agora, com belíssimos traços e erros quase imperceptíveis.  A história gira em torno das Saintias, servas pessoais da deusa Athena que não precisam usar máscaras como as Amazonas para esconderem sua feminilidade.  Shoko é a protagonista da história, que passa a se tornar a Saintia de Cavalo Menor para salvar sua irmã Kyoko, que se tornou hospedeira da maligna Éris, a deusa da discórdia. A saga das Saintias se desenvolve  em paralelo a dos cinco cavaleiros de bronze principais: Seiya, Shun, Ikki, Hyoga e Shiryu, se  passando durante a saga do Santuário, desde a Guerra Galáctica até o final da batalha das Doze Casas, pelo menos até o momento atual do mangá. Assim como os demais spin-offs da saga dos Cavaleiros, Masami Kurumada, o autor da série original, não se manifestou a respeito de uma possível canonicidade de Saintia Sho e provavelmente nunca irá fazê-lo.

     A série já está em sua sétima edição brasileira, mas vou começar com os dois primeiros volumes, dividindo o post em várias partes pra não ficar extenso demais.


    No  volume 1, que abrange os quatro primeiros capítulos, Shoko , que estava preocupada com sua irmã Kyoko a qual não via há cinco anos, fica sabendo que na verdade Kyoko havia se tornado uma Saintia, uma serva de da deusa Athena, que na verdade era a garota Saori Kido, dona da Fundação Graad. Kyoko, agora como saintia de Cavalo Menor, se reencontra com sua irmã após todo esse tempo, salvando ela e a Saori de um ataque das Driades, servas da deusa Éris. Mas o reencontro dura pouco, pois Kyoko é raptada pra servir de hospedeira da deusa maligna. Shoko então decide se tornar uma Saintia pra salvar sua irmã. Nesses capítulos temos a participação do primeiro Cavaleiro de Ouro na história: Miro de Escorpião, que havia salvado Shoko quando era pequena e depois a salvou de novo junto com Kyoko anos depois. Nas duas vezes de ataques dos servos de Éris.

    O começo de Saintia Sho é meio repetitivo, quase como um remake feminino da série clássica, pois temos uma protagonista semelhante ao Seiya (só que bem mais legal), inclusive com constelação/armadura parecida e com um mesmo objetivo pessoal, mas qual saga dos Cavaleiros não é repetitiva também? Pra quem espera algo novo, Saintia Sho pode decepcionar, mas pra quem não espera tanto assim, já está acostumado com o padrão repetitivo de enredo da franquia, então não vai ver problema algum. Um ponto a favor é que o roteiro da Chimaki flui bem melhor, pois ela parece ser uma roteirista bem melhor do que o Kurumada, o que convenhamos não precisa de muito esforço pra ser. Suas cenas de ação também são mais dinâmicas, típicas dos mangás atuais e não datados dos anos 80 igual os desenhos do mestre Kuru.  Outro ponto positivo pra alguns e negativo pra outros, é o fanservice em torno dos Cavaleiros de Ouro. Já no primeiro capítulo temos a aparição de Miro pra salvar o dia e isso é só o começo, todos os demais Gold Saints irão aparecer com uma boa frequência e não só de forma distante. E falando em fanservice, achei que o fanservice ecchi em Saintia Sho é bem equilibrado. Não sei qual a classificação indicativa do mangá lá no Japão, mas aqui ganhou a classificação de 14 anos, o que pra mim é um pouco alto pra um mangá que nem mostra mamilos e bundas, mas acho que se mostrasse, iriam aumentar pra 16 anos. Enfim, esse tipo de fanservice no mangá é até menor do que em Lost Canvas, por exemplo (onde todas as personagens femininas apareciam nuas, mas sem mostrar nenhuma parte íntima, ou com roupas coladas). No caso de Saintia Sho, até agora só tem mostrado as Driades nuas, o que é bem coerente, pois seria estranho elas já nascerem vestidas. 



                                        Miro de Escorpião no belo traço da Chimaki Kuori



    No volume 2, que vai até o capítulo 8, vemos o começo do treinamento da Shoko através da Amazona aposentada Mayura de Pavão. Muito legal ver a determinação da garota, que é tão grande quanto a do Seiya. Temos também uma rápida aparição de Jabu de Unicórnio, na mansão da Saori, que havia terminado de voltar de seu treinamento, pronto pra lutar na Guerra Galáctica. Mesmo que os cavaleiros de bronze não tenham participação nas lutas de Saintia Sho, com exceção de uma rápida luta entre o Jabu e um Cavaleiro Fantasma de Éris, é muito legal ver esses “encontros/crossovers” entre os mangás. Também temos as aparições de outras (os) Driades além da Ate (que já havia aparecido nos capítulos anteriores) como Emony  de Malícia (a Driade loli) e Fonos. E também mais cavaleiros de ouro, dessa vez no Santuário, aparecendo rapidamente.


     Destaque para a Saintia Mii de Golfinho, que lutou contra Emony. Acho-a uma ótima personagem em todos os sentidos: linda, forte, com uma armadura linda, golpes bem legais e criativos, além de ser rígida, mas amistosa, sem ser chata como a maioria dos personagens muito certinhos. No final temos a Shoko já trajando a armadura de Equules (Cavalo Menor) pra defender a Saori do ataque de uma Kyoko possuída por Éris. Aí vemos como a Chimaki é uma ótima roteirista, pois tudo ocorre de acordo com os padrões da série. Shoko mal começou seu treinamento, mas já conseguiu usar sua armadura devido a sua grande capacidade de canalizar o cosmo, algo que fica muito claro no mangá, já que seus objetivos são muito bem definidos e sua determinação é enorme.

    Então é isso. Apesar do texto grande, já que comenta sobre oito capítulos, foi uma análise bem rasa mesmo. XD Até mais! 

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